A misteriosa e fascinante... Herculano (Série Nápoles - Parte II)
GEOleitores, cá estamos e hoje vou continuar falando sobre a região da Catânia, no Sul da Itália 😍
Como havia falado no post anterior, esta série será dividida em quatro posts. Estamos agora no segundo e quem não leu o primeiro, sobre Pompeia, corre lá 👉 Fantástica Pompeia.
Como chegar
Saindo da estação central de Nápoles, pega-se o trem da circumvesuviana que faz o itinerário Nápoles-Sorrento. Os trens partem de uma estação anexa, chegando na central, há de descer algumas escadas até a Estação Nápoles Piazza Garibaldi. A descida em Herculano é na terceira estação, chamada de Ercolano Scavi.
Como saímos de Pompeia para Herculano, fizemos um caminho oposto. No entanto, no dia seguinte, quando fomos para o Vesúvio, descemos nesta mesma estação.
Da Ercolano Scavi até a entrada do Sítio Arqueológico é como diz na minha terra: "uma reta só". Não há como errar. É uma avenida enorme, cheia de restaurantes, sorveterias, farmácias e ao final dela está a entrada do sítio.
Entrada do sítio arqueológico
Herculano: pouquinho de história e geografia
Segundo a tradição mitológica, a cidade teria sido fundada por Hércules. Nesse sentido, Herculano para os latinos e Herákleion para os gregos. De fato, Herculano tem origem grega, o que se pode observar através de seus testemunhos nas muralhas mais antigas e na estrutura urbana .
Herculano tinha sua economia movimentada pelo comércio e artesanato, mas, diferentemente da economia de Pompeia não era essencialmente comercial. A cidade foi principalmente uma estância de férias renomada na época.
Essas informações se baseiam a partir da localização (às margens da Baía de Nápoles) e das grandes mansões patriarcais, elaboradas com decorações refinadas. A partir das escavações observa-se que são escassos prédios para atividades destinadas ao trabalho. Sugere-se que ao contrário de Pompeia, a vida em Herculano corria mais tranquila, em um ambiente típico dos escolhidos pelos patriarcado romano para seu ócio.
Herculano tinha sua economia movimentada pelo comércio e artesanato, mas, diferentemente da economia de Pompeia não era essencialmente comercial. A cidade foi principalmente uma estância de férias renomada na época.
Essas informações se baseiam a partir da localização (às margens da Baía de Nápoles) e das grandes mansões patriarcais, elaboradas com decorações refinadas. A partir das escavações observa-se que são escassos prédios para atividades destinadas ao trabalho. Sugere-se que ao contrário de Pompeia, a vida em Herculano corria mais tranquila, em um ambiente típico dos escolhidos pelos patriarcado romano para seu ócio.
Em 63 d.C a cidade sofreu com um terremoto que atingiu toda a região da Campânia e teve muito de seu patrimônio danificado. Mas, foi mesmo em agosto de 79 d.C que a grande tragédia aconteceu. Assim como Pompeia, Herculano foi "varrida" do mapa após a erupção do Vesúvio. Contudo, a cidade encontra-se em um posição geográfica diferenciada de Pompeia e isto influenciou na forma como a cidade foi atingida.
Vista do sitio arqueológico em primeiro plano, seguida pela cidade atual de Herculano (Chamada anteriormente de "Resina") e ao fundo o vulcão Vesúvio (A sequência de árvores acima - lado direito da foto corresponde a entrada do sítio).
Um vento que vinha do oeste protegeu Herculano da fase inicial da erupção, mas, em seguida, uma gigantesca nuvem de cinzas flamejantes e gás subiu pelo flanco ocidental do Vesúvio, atingindo a cidade e provocando queimaduras ou asfixia em quem permaneceu. Esta nuvem letal foi seguida de uma enxurrada de cinzas, lama e fragmentos de rochas ainda em chamas (clastos), proveniente de fluxos piroclásticos que enterrou a cidade. 👉 seuhistory.com
A proximidade com o mar também permitiu que muitos moradores tentassem fugir em embarcações, mas muitos deles foram surpreendidos por um grande tsunami que os "devolveu" a orla, os impedindo de chegar ao alto mar. Recentemente ao longo do litoral tem-se descoberto restos humanos e embarcações que submergiram durante a erupção.
Ponto de entrada do Sítio. Fotografia registrada em posição contrária a anterior. A seta no alto do canto esquerdo sinaliza a proximidade com o mar.
Chegamos em Herculano após a visita a Pompeia e pensávamos que não fôssemos mais nos surpreender com o que veríamos. Engano nosso, Herculano é fantástica, o sítio é menor, os afrescos parece que mantém as cores estão mais vivas. É possível ver a madeira de escadas e sacadas, que mesmo queimadas preservam sua estrutura. Sem falar nos restos mortais de algumas pessoas que tentaram fugir do fogo, sem sucesso.
"Os Plíneos"
Impossível falar de Herculano sem mencionar duas figuras importantíssimas da época: Plínio, o velho, e seu sobrinho, Plínio, o jovem.
Plínio, o velho (23-79) foi um filósofo, historiador, naturalista e oficial romano. Chamado de “o apóstolo da ciência romana" escreveu a obra: denominada “História Natural”, composta de 37 volumes, que discorrem sobre o homem na natureza e apresenta um panorama da geografia, zoologia e botânica na Antiguidade (👉Naturalis História - Tradução - Unicamp).
Muito do que se sabe sobre Plínio, o velho, foi escrito por seu sobrinho, Plínio, o jovem.
Plínio, o jovem (61 d.C - 113 d.C), foi jurista, orador e político bem sucedido, deixou nove livros e cartas, entre elas, as que foram dirigidas ao historiador Tácito. (👉 Ebiografia).
Foram duas cartas que se tornaram conhecidas mundialmente pois relata a missão de seu tio na noite da erupção do Vesúvio. O tio, levado pela curiosidade científica se preparou para embarcar na tentativa de entender melhor o fenômeno. No entanto, antes que pudesse sair recebeu um chamado de socorro de uma amigo que estava na Estábia (cidade nas redondezas que também foi afetada), e Plínio, prontamente atendeu.
Plínio, o velho, morreu a beira mar, na Estábia, asfixiado por gases tóxicos expelidos pelo vulcão no ano 79 da era cristã. A descrição de Plínio, o jovem, a cerca da erupção vulcânica tornou-se um dos principais documentos sobre a vulcanologia. (👉 Carta de Plínio - Texto Adaptado)
O Roteiro
Vou tentar postar as fotos na sequência do percurso e numerá-las de acordo com o mapa do sítio. A visita a Herculano ficou um pouco comprometida pois estávamos preocupadas com a hora de fechamento do sítio. Não seguimos uma sequencia lógica, fizemos as ruínas principais e na volta fomos visitando o que dava tempo. Conseguimos ver quase tudo, mas gostaria de ter tido mais tempo.
Após a entrada, seguimos por um longo passeio, contornando o sítio e em seguida atravessamos uma ponte, chegando a via: Cardo III Inferiore (👉 MAPA HERCULANO)
Nossa primeira entrada foi na Casa dello Scheletro (Nº 42), assim chamada pois foi nela, que em 1831 encontraram o primeiro esqueleto humano do sítio. Estava sozinho em uma sala no segundo andar da casa. Atualmente apenas o piso térreo continua preservado (👉 La casa dello Scheletro).
Após uma entrada estreita, com piso em mosaico, atravessamos um átrio até chegar no "Tablinum" espécie de sala central, era originalmente o quarto principal.
Terme Maschili (Nº 28)
Andamos mais um pouco, seguindo o mesmo "Cardo III", mas agora na porção superior e entramos na Terme Maschili. A estrutura, de modo geral, é a mesma vista em Pompeia. A terma foi totalmente escavada em 1931 e apresenta a típica divisão entre área masculina e feminina.
A proximidade com o mar também permitiu que muitos moradores tentassem fugir em embarcações, mas muitos deles foram surpreendidos por um grande tsunami que os "devolveu" a orla, os impedindo de chegar ao alto mar. Recentemente ao longo do litoral tem-se descoberto restos humanos e embarcações que submergiram durante a erupção.
Chegamos em Herculano após a visita a Pompeia e pensávamos que não fôssemos mais nos surpreender com o que veríamos. Engano nosso, Herculano é fantástica, o sítio é menor, os afrescos parece que mantém as cores estão mais vivas. É possível ver a madeira de escadas e sacadas, que mesmo queimadas preservam sua estrutura. Sem falar nos restos mortais de algumas pessoas que tentaram fugir do fogo, sem sucesso.
Local conhecido como Fornici - Eram casas de barco, onde muitas pessoas tentaram refugiar-se a espera de socorro.
Impossível falar de Herculano sem mencionar duas figuras importantíssimas da época: Plínio, o velho, e seu sobrinho, Plínio, o jovem.
Plínio, o velho (23-79) foi um filósofo, historiador, naturalista e oficial romano. Chamado de “o apóstolo da ciência romana" escreveu a obra: denominada “História Natural”, composta de 37 volumes, que discorrem sobre o homem na natureza e apresenta um panorama da geografia, zoologia e botânica na Antiguidade (👉Naturalis História - Tradução - Unicamp).
Muito do que se sabe sobre Plínio, o velho, foi escrito por seu sobrinho, Plínio, o jovem.
Plínio, o jovem (61 d.C - 113 d.C), foi jurista, orador e político bem sucedido, deixou nove livros e cartas, entre elas, as que foram dirigidas ao historiador Tácito. (👉 Ebiografia).
Foram duas cartas que se tornaram conhecidas mundialmente pois relata a missão de seu tio na noite da erupção do Vesúvio. O tio, levado pela curiosidade científica se preparou para embarcar na tentativa de entender melhor o fenômeno. No entanto, antes que pudesse sair recebeu um chamado de socorro de uma amigo que estava na Estábia (cidade nas redondezas que também foi afetada), e Plínio, prontamente atendeu.
Plínio, o velho, morreu a beira mar, na Estábia, asfixiado por gases tóxicos expelidos pelo vulcão no ano 79 da era cristã. A descrição de Plínio, o jovem, a cerca da erupção vulcânica tornou-se um dos principais documentos sobre a vulcanologia. (👉 Carta de Plínio - Texto Adaptado)
O Roteiro
Vou tentar postar as fotos na sequência do percurso e numerá-las de acordo com o mapa do sítio. A visita a Herculano ficou um pouco comprometida pois estávamos preocupadas com a hora de fechamento do sítio. Não seguimos uma sequencia lógica, fizemos as ruínas principais e na volta fomos visitando o que dava tempo. Conseguimos ver quase tudo, mas gostaria de ter tido mais tempo.
Após a entrada, seguimos por um longo passeio, contornando o sítio e em seguida atravessamos uma ponte, chegando a via: Cardo III Inferiore (👉 MAPA HERCULANO)
Nossa primeira entrada foi na Casa dello Scheletro (Nº 42), assim chamada pois foi nela, que em 1831 encontraram o primeiro esqueleto humano do sítio. Estava sozinho em uma sala no segundo andar da casa. Atualmente apenas o piso térreo continua preservado (👉 La casa dello Scheletro).
Após uma entrada estreita, com piso em mosaico, atravessamos um átrio até chegar no "Tablinum" espécie de sala central, era originalmente o quarto principal.
Parte da casa denominada de Nymphaeum - Gruta com abastecimento de água natural dedicado as ninfas. Mais tarde uma gruta artificial. Consiste em duas bacias retangulares com uma parede traseira decorativa em calcário embutido. No alto, um friso decorativo composto por sete painéis. Dos quais os três centrais são réplicas
Lararium - Santuário para os Deuses domésticos decorado em mosaicos. É possível identificar ainda conhas contornando o mosaico.
Terme Maschili (Nº 28)
Andamos mais um pouco, seguindo o mesmo "Cardo III", mas agora na porção superior e entramos na Terme Maschili. A estrutura, de modo geral, é a mesma vista em Pompeia. A terma foi totalmente escavada em 1931 e apresenta a típica divisão entre área masculina e feminina.
Apodytherium - Entrada principal da Terma. Piso feito em mosaico. Ainda se pode ver o pouco do que restou dos afrescos em tons vermelho e laranja.
Terme Femminili (Nº 27)
Piso em mosaico na área feminina.
La sede degli Augustali Ercolano (Nº 24)
Ainda seguindo no cardo III - Inferior, já no final, esquina com a via principal do sítio, Decumano Maximo. Conhecemos as ruínas do "Colégio degli Augustali", um edifício público e religioso, construído no final do século I, supostamente por volta de 14 a.C, período de "Augusto". Acredita-se ter sido um centro de culto ao Imperador (👉 Mais)
Ambiente da casa chamado de nymphaeum. Detalhe para os mosaicos nas parede, sendo o localizado no centro da foto de Nettuno e Anfritite.
Tepidarium - Sala quente com destaque para o piso em mosaico.
Tepidarium - Sala quente com destaque para o piso em mosaico - Área masculina (👉 Terme Maschilli).Terme Femminili (Nº 27)
Piso em mosaico na área feminina.
La sede degli Augustali Ercolano (Nº 24)
Ainda seguindo no cardo III - Inferior, já no final, esquina com a via principal do sítio, Decumano Maximo. Conhecemos as ruínas do "Colégio degli Augustali", um edifício público e religioso, construído no final do século I, supostamente por volta de 14 a.C, período de "Augusto". Acredita-se ter sido um centro de culto ao Imperador (👉 Mais)
Uma das salas com afrescos ainda preservados. Do lado esquerdo da fotografia há a pintura Hércules lutando contra Achelous que sequestrou Deianira, filha de Althaea e rei Oeneus e irmã de Meleager (👉 Mais).
Casa di Nettuno e Anfritite (Nº 29)
A casa apresentava uma rica decoração e ganhou este nome devido aos mosaicos de parede em pasta de vidro, representando Nettuno e Anfritite.
Ambiente da casa chamado de nymphaeum. Detalhe para os mosaicos nas parede, sendo o localizado no centro da foto de Nettuno e Anfritite.
Grande Taberna (Nº 10)
Assim como em Pompeia, nas esquinas de Herculano também encontramos os Thermopolium ou tabernas onde eram vendidos grãos, sementes. A comida era venida normalmente já preparada. Digamos que se compararmos aos dias atuais, seria nosso fast-food 😊.
Grande Taberna - Esquina entre o Decumano inferiore e Cardo V - na mesma esquina tem uma fonte.
Além da Grande taberna, há outras, mencionadas no mapa do sítio como Thermopolium.
Assim como em Pompeia, nas esquinas de Herculano também encontramos os Thermopolium ou tabernas onde eram vendidos grãos, sementes. A comida era venida normalmente já preparada. Digamos que se compararmos aos dias atuais, seria nosso fast-food 😊.
Grande Taberna - Esquina entre o Decumano inferiore e Cardo V - na mesma esquina tem uma fonte.
Além da Grande taberna, há outras, mencionadas no mapa do sítio como Thermopolium.
Na mesma via da Grande taberna há esta outra ruína. O balcão é construído em pedras (observamos rocha vulcânica e mármore). A comida ainda quente era depositada em jarros grandes e colocadas dentro desses espaços circulares. (👉Thermopolium)
Reprodução de um Thermopolium (Taberna) romano. Vê-se exposto frutas, grãos e possivelmente vinho. (👉 Fonte da Imagem).
Fonte (Cardo V)
Fonte bem semelhante com as que encontramos em Pompeia. Localizada no cardo V - Inferior.
Bottega (Nº 30)
Boa parte da madeira mesmo queimada foi preservada, juntamente com vários potes e jarros de barro.
Casa dell'Erma di bronzo (Nº 34)
Casa no estilo Sannitica, foi chamada assim em devido o busto de bronze fixado em um dos salões principais, provavelmente do proprietário da residência.
Escada (Cardo V - Interior)
Escada parcialmente queimada, localizada no cardo V inferior, vizinha a Casa dei Cervi (Nº 8) e em frente a casa del Rilievo di telefono (Nº 7).
Casa del Rilievo di telefono (Nº 7)
É uma das maiores casas da área escavada, com cerca de 1.800m². É possível que tenha pertencido a Nonio Balbio. Tinha um acesso privado da Terma Suburbana.
A casa possuía uma rica coleção de esculturas, incluindo o "Rilievo di Telefo" com o mito da Télefo, filho de Hércules (o mítico fundador da cidade) - Uma cópia está fixada na parede.
Fonte bem semelhante com as que encontramos em Pompeia. Localizada no cardo V - Inferior.
Bottega (Nº 30)
Boa parte da madeira mesmo queimada foi preservada, juntamente com vários potes e jarros de barro.
Casa dell'Erma di bronzo (Nº 34)
Casa no estilo Sannitica, foi chamada assim em devido o busto de bronze fixado em um dos salões principais, provavelmente do proprietário da residência.
Escada (Cardo V - Interior)
Escada parcialmente queimada, localizada no cardo V inferior, vizinha a Casa dei Cervi (Nº 8) e em frente a casa del Rilievo di telefono (Nº 7).
Terraço de M. Nonio Balbo (Nº2)
Esta é uma área denominada de "distrito suburbano", localizada ao sul da cidade, próxima a terma suburbana (Porta ao lado direito da foto abaixo). Na área do terraço há um monumento em mármore, um altar em homenagem a M. Nonio Balbo e ao lado uma escultura do próprio, que foi bastante danificada com a erupção e teve de ser boa parte reconstituída. Balbo foi um grande benfeitor da cidade construindo e restaurando vários prédios públicos (👉 Terrazza di Nonio Balbo).
Monumento em mármore em primeiro plano e em segundo estátua de M. Nonio Balbo.
Casa del Rilievo di telefono (Nº 7)
É uma das maiores casas da área escavada, com cerca de 1.800m². É possível que tenha pertencido a Nonio Balbio. Tinha um acesso privado da Terma Suburbana.
Área referente ao átrio e impluvium da casa. A parede ao fundo está decorada com quatro discos "oscila" - mármore com relevo em ambos os lados (👉 Mais).
A casa possuía uma rica coleção de esculturas, incluindo o "Rilievo di Telefo" com o mito da Télefo, filho de Hércules (o mítico fundador da cidade) - Uma cópia está fixada na parede.
Fornici (Nº 1)
Ao lado do Terraço de Nonio Balbo, foi descoberto em 1980 doze casas de barcos, que ficavam alinhadas com a antiga praia. Nessas cavidades foram encontrados aproximadamente 300 esqueletos, que tentavam refugiar-se e salvar-se da erupção. Junto com eles foram encontrados bens materiais.
Após estudos dos esqueletos identificou-se idade, sexo, estatura, base da alimentação (frutos do mar) e até uma intoxicação por chumbo, ocasionada provavelmente pelo vinho adocicado por xarope e cozido em potes de chumbo (Ver mais 👉 Fornici).
Para nós, este foi com certeza o lugar mais intrigante. É uma sensação estranha, não dá para descrever. A gente olha aquilo tudo e por mais que tente imaginar como foi aquele dia, não se consegue. Fiquei por um longo tempo ali parada, mergulhada em suposições até ser interrompida pela minha irmã que avisava sobre o adiantado da hora.
Ao lado do Terraço de Nonio Balbo, foi descoberto em 1980 doze casas de barcos, que ficavam alinhadas com a antiga praia. Nessas cavidades foram encontrados aproximadamente 300 esqueletos, que tentavam refugiar-se e salvar-se da erupção. Junto com eles foram encontrados bens materiais.
Após estudos dos esqueletos identificou-se idade, sexo, estatura, base da alimentação (frutos do mar) e até uma intoxicação por chumbo, ocasionada provavelmente pelo vinho adocicado por xarope e cozido em potes de chumbo (Ver mais 👉 Fornici).
Para nós, este foi com certeza o lugar mais intrigante. É uma sensação estranha, não dá para descrever. A gente olha aquilo tudo e por mais que tente imaginar como foi aquele dia, não se consegue. Fiquei por um longo tempo ali parada, mergulhada em suposições até ser interrompida pela minha irmã que avisava sobre o adiantado da hora.
Uma das casas de barcos - É possível ver o amontoado de esqueletos. Dá pra identificar pessoas que morreram sentadas, abraçadas 😩
Volta para Nápoles 🚃🚃🚃
Após sair do Fornici, voltamos diferentes. Mais pensativas. Ainda fizemos algumas fotos de outras ruínas, depois do alto do sítio, conversamos sobre o quão somos impotentes diante das forças da natureza e o quanto ela é perfeita. Em seguida nos dirigimos para a estação de trem, pela longa avenida que liga ao sítio. Havíamos combinado de tomar um sorvete e, em Nápoles, a pizza da Michele nos esperava.
Parada para um sorvete na VESUVIUS. Sempre chamo atenção para a ótima sacada de associar seu produto ao que se tem de atrativo e diferenciar seu material 🍦🍦🍦.
Espero que tenham gostado da nossa aventura por "Ercolano Scavi" 😉
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FONTE:
👉Os textos são escritos com base na informações colhidas in loco, através de painéis informativos e material impresso, bem como em livros, artigos e/ou pesquisas feitas na internet. Sempre referenciadas ao longo do post.
👉As fotografias são todas autorais, com exceção das que estão sinalizadas. Nestas, são sempre colocados os créditos.
👉No caso de reprodução de textos e fotografias, pedimos por gentileza, o mesmo procedimento 😉
🙋 Até o próximo
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